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Repetição de busca contra Paulo Octávio em investigação sobre aluguel da Secretaria de Saúde do DF foi ilegal, decide STJ

Paulo Octávio (PSD), em imagem de 2022 TV Globo/Reprodução A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (19) que foi ileg...

Repetição de busca contra Paulo Octávio em investigação sobre aluguel da Secretaria de Saúde do DF foi ilegal, decide STJ
Repetição de busca contra Paulo Octávio em investigação sobre aluguel da Secretaria de Saúde do DF foi ilegal, decide STJ (Foto: Reprodução)

Paulo Octávio (PSD), em imagem de 2022 TV Globo/Reprodução A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (19) que foi ilegal o pedido do Ministério Público do Distrito Federal para repetir ações de busca e apreensão contra o ex-governador e empresário Paulo Octávio. O MP pediu a repetição das medidas em uma investigação sobre supostos crimes de fraude em licitação, corrupção e organização criminosa no contrato de aluguel, celebrado em 2020, que migrou a sede da Secretaria de Saúde do DF para um edifício do empresário. Os ministros mantiveram a decisão individual do relator, ministro Messod Azulay Neto, e avaliaram que novas buscas só poderiam ser feitas, após uma tentativa infrutífera, se houver novos fundamentos para respaldar o mandado. Na avaliação do relator e dos ministros da Turma, esses novos fundamentos não existiram. As buscas chegaram a ser realizadas em 2023, após autorização em segunda instância do Tribunal de Justiça do DF. Ao acatar um recurso de Paulo Octávio ao STJ, em fevereiro deste ano, o ministro Azulay Neto determinou a devolução dos pertences aos proprietários e a anulação dos dados extraídos. Mudança em 2020 e contrato questionado Em 2020, a Secretaria de Saúde do DF deixou um prédio próprio que ocupava no fim da Asa Norte, em Brasília, para alugar o prédio PO 700, do grupo Paulo Octávio, no começo da Asa Norte. O g1 mostrou à época que a mudança de endereço custou R$ 750 mil por mês de aluguel, além de R$ 169,3 mil de taxa condominial e R$ 48.847,37 anuais de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O então deputado distrital Leandro Grass denunciou o contrato ao Ministério Público e apontou a proximidade entre duas então servidoras da Secretaria de Saúde e uma diretora do grupo imobiliário do ex-governador Paulo Octávio. Veja no vídeo: Secretaria de Saúde assina contrato de aluguel milionário para nova sede Em dezembro de 2021, Paulo Octávio e o então deputado distrital Reginaldo Sardinha foram alvos de buscas da Justiça a pedido do MP na operação Maré Alta, que investigava este e outros contratos entre o governo do DF e o grupo do empresário. Em 2023, o MP pediu a repetição das buscas, sob o argumento de que o contrato de aluguel ainda estava vigente e os investigados seguiam em contato. O pedido chegou a ser negado em primeira instância, mas o MP recorreu e conseguiu aval da Justiça para as buscas naquele ano. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.